RÓTULOS
Como acordar de manhã
fazer café e trabalhar
Devemos encarar
A arte de produzir
Arte
Será que faz diferença
Será que existe um modelo
Que melhor nos faz interpretar
Que tal chapéus, suspensórios ou boinas
O Poeta escrachado
Se veste como mendigo
Pensa como um animal
Intuitivo e genioso
Não precisamos de rótulos
Como latas de refrigerante
Diferentes marcas,
Mas genéricos no conteúdo
Vamos pra escola
Aprender a crescer
E a beber
Nada melhor que ser um Homem de verdade
Boots, calças e músculos
Eternos subprodutos da mente vazia
De cabeças raspadas
Gandolas engomadas
Juntos em fila
Numa só voz
Ao meu comando
Belo capitalismo
Nos fez crescer tanto
Que não precisamos trabalhar
Máquinas sensíveis aos comandos
Que aprendemos a seguir na escola
Como você
Jovem louco, desleixado
De roupas largas
Com selo de cultura abic
Como dormir à noite
Pensando na hora de acordar
Fazer café e trabalhar
Com a mesma embalagem?
15/07/2001
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